Resgatar a poesia evangélica. Este é o sonho de muitos que apreciam a arte que, entre as décadas de 60 e 80, fazia parte da liturgia dos cultos. Quem conheceu aquela época sabe que o momento era ansiosamente aguardado pelos poetas e pelo público evangélico - fã incondicional da poesia. Essas mesmas pessoas referem-se à falta de espaço em igrejas e de incentivo das editoras nos dias atuais.
O escritor e professor Noélio Duarte, que é membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, tem se empenhado em trazer de volta a poesia evangélica que, para ele, ficou num compasso de espera muito grande ao longo desses anos. "No passado, tivemos uma grande vertente através de nomes como Myrtes Mathias e Gióia Junior, poetas já falecidos. Depois dessas perdas, ficamos quase dez anos sem nenhum lançamento evangélico nessa área. Por isso, as editoras entenderam que a poesia não era literatura vendável", afirma.
Um dos fatores que contribuíram para que a poesia perdesse espaço entre os evangélicos foi o baixo índice de leitura. No final de 1997, diante desse quadro, Noélio entendeu que alguma coisa precisava ser feita: "Comecei um movimento e reuni poetas evangélicos. Entrei em contato com eles e recebi muitos textos", diz, ressaltando que, ao longo desses anos, já produziu 21 livros, dos quais 12 são poesias evangélicas.
Poucos sabem, mas existe um movimento chamado Associação Profissional dos Poetas do Rio de Janeiro que, de acordo com seu presidente, Sérgio Jerônimo, muito tem contribuído para a difusão da poesia. Pensando em criar a Associação Profissional dos Poetas Evangélicos do Estado do Rio de Janeiro (APPEERJ), um movimento similar à APPERJ, mas voltado aos poetas evangélicos, Noélio tem deflagrado uma iniciativa em função desse sonho. Segundo ele, a proposta pode contribuir, e muito, para o fortalecimento da poesia evangélica. "Dentro da literatura cristã, a poesia representa 0,5% daquilo que se é produzido. Mas a poesia evangélica existe, é bonita e tem tudo para decolar". Nomes Inesquecíveis da Poesia Evangélica
Quem foi contemporâneo de Gióia Junior sabe que este é um nome inesquecível. Pastor batista, foi também jornalista, político, professor universitário e poeta. Conseguia, como poucos, o equilíbrio em suas poesias, tornando-as acessíveis ao grande público. Pouco antes de sua morte, em 1996, escreveu seu maior sucesso, Orações do Cotidiano.
Outro nome que desperta elogios é o de Myrtes Mathias. Para ela, ser poetisa era um dom de Deus, por isso sempre afirmava: "O dom deve ser utilizado para a glória de Deus". Muitos trabalhos da "poetisa dos batistas brasileiros" eram escritos com o tema missões. Esse amor por missões era grande e a levou a atuar em Tocantínia (TO), como missionária. Por problemas de saúde, não pôde permanecer no campo, mas através de seus poemas continuou envolvida. Myrtes faleceu em cinco de julho de 1996, e sua última poesia - "Todos precisam saber" - inspirou a letra do hino oficial da Campanha Missionária daquele ano.
Sou um jovem poeta, meunome é Luiz Alberto.Sou membro de uma Igreja Batista. Precisamos resgatar a poesia no meio evangélico.
ResponderExcluirSou poeta e tenho um site de poesias. www.guerreiroilustre.prosaeverso.net.
Luiz Alberto Ferreira
Barra do Piraí(RJ)